Hoje compartilhamos o trabalho de Luzia Ribeiro de Carvalho para a matéria de Cultura Galega.
Na virada do século XIX para o XX, na sociedade brasileira passou por diversas transformações. D. Pedro II, no Brasil, já não ostentava mais uma coroa sobre sua cabeça e a família real brasileira encontrava-se exilada na Europa. Enquanto a República florescia no Brasil, a Belle Époque enchia a França de Júlio Verne de luzes e glamour.
Esse período, na história carioca, ficou conhecido como “Belle Époque Carioca” e foi um movimento que tentava reproduzir por aqui, os novos estilos, vindos da cidade de Paris, com suas novas tendências que geraram mudanças nos hábitos, sobretudo da elite carioca da época, que desejava ser a representante dessa nova mentalidade.
Foi também o período das grandes imigrações europeias para a América, famílias inteiras e até algumas vilas e aldeias se deslocaram atraídas pela propaganda que era feita pelo governo. Foi o período de maior entrada de estrangeiros na história recente do Brasil. Oriundos de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, entre outros e de países asiáticos como Japão e China, chegaram aos portos brasileiros a bordo de navios, os famosos vapores, que demoravam meses na travessia.
(Bóris Fausto – História do Brasil, pág. 275)
Na tabela acima, podemos ver o fluxo migratório das principais nacionalidades que chegaram ao Brasil no período. No caso do Rio de Janeiro, a grande concentração de imigrantes se deu através dos portugueses. Os espanhóis foram mais direcionados para o estado de São Paulo, concentrando, segundo dados de Bóris Fausto em seu livro História do Brasil, 78,2% dos imigrantes espanhóis.
No caso dos galegos, a proximidade com o norte de Portugal, base da imigração para o Rio de Janeiro e os deslocamentos peninsulares, ou seja, entre Galícia e Portugal, fizeram com que a maior concentração se desse no Rio, não acompanhando os demais espanhóis.
O Brasil havia acabado de abolir a escravidão e encontrava-se com problemas de escassez de mão de obra, que antes era composta basicamente por africanos escravizados. A vinda desses imigrantes fez com que as plantações, principalmente de café pudessem ter a manutenção necessária. Uma vez que a mão de obra africana já não era a principal empregada.
No país recém-transformado em república, tais transformações (chegada de imigrantes, abolição da escravidão, influência cultural francesa no modo de ver a sociedade) vão convergir diretamente com o surgimento de uma nova classe social em ascensão, e é essa classe que absorve o modelo cultural europeu, influenciando o desenvolvimento social, político e econômico. Impondo assim uma divisão que evidenciava não mais nobres e plebeus, mas, sobretudo ricos e pobres.
No Rio de Janeiro, capital da nova república, as ruas fervilhavam de pessoas, eram brasileiros, ex-escravos e imigrantes apinhados dentro de um centro em profunda transformação. Segundo dados do IBGE apenas nos últimos anos do século XIX, o Rio de Janeiro teve um crescimento demográfico de aproximadamente 500 mil habitantes para mais de 1 milhão em 1920. Uma mudança extremamente significativa, se pensarmos que até bem pouco tempo, era uma cidade com características extremamente coloniais. Ruas pequenas, sem calçamento, sujas, milhares de pessoas transitando, moradias precárias, falta de saneamento, higiene e principalmente, falta de moradia para todos.
Para que houvesse uma adequação da capital colonial em capital da República, várias obras e reformas foram feitas, além de medidas para combater epidemias e um sem número de pessoas desalojadas de suas casas em nome do progresso.
A reforma urbana do prefeito Pereira Passos, ficou popularmente conhecida como “Bota-Abaixo”, pois derrubou no centro do Rio de Janeiro as principais moradias populares, em nome do saneamento, do urbanismo e do embelezamento, dando ao Rio de Janeiro ares de cidade moderna e cosmopolita, seguindo os moldes da cidade de Paris.
Em meio a essa nova reconfiguração urbanística e social, havia a propaganda de que na cidade só não enriquecia quem não quisesse. A propaganda, além de acordos governamentais, foram formas de atrair os imigrantes para o Rio. A cidade carioca seria a terra de grandes oportunidades, onde o consumismo em voga, fazia com que as pessoas expusessem seus bens, principalmente em ouro para que todos pudessem contemplar. Assim, o Rio de Janeiro coexistia com dois distintos registros, o de cidade infernal para aqueles que estavam à margem dessa ideia de civilidade vigorando para eles a cidade como lugar de epidemias e demais dificuldades, e de urbe de oportunidades, incitadora da imigração estrangeira, onde todos tinham oportunidades.
Por aqui, o Rio de Janeiro se transformava na “Cidade Maravilhosa”, como matéria publicada na pág. 1 de O Paiz de 4/5/1904, em matéria intitulada “Uma Obra Politica”, lemos:
“A população comprehendeu bem a grandeza do serviço que o governo lhe vai prestar, negando-se a crear embaraços á sua acção, como queriam agitadores profissionais, antes, facilitando todo os accôrdos e sujeitando-se a todas as prescripções legaes, no bom intento de ver transformada, embellezada e saneada esta cidade maravilhosa, de cuja fama e de cuja força depende o equilíbrio da seiva econômica em todos os órgãos do paiz.”
Havia também o relato de viajantes ilustres como a visita recebida entre os meses de setembro a dezembro de 1911, da poetisa francesa Jane Catulle Mendès, viúva do escritor e poeta Catulle Mendès, que visitou o Rio de Janeiro, e, encontrando uma cidade recém-emergida de um “banho de loja”, que foi a reforma urbanística de Pereira Passos, sentiu-se encantada com a cidade, sobretudo pela flora e belezas naturais, escrevendo assim, uma série de poemas de “amor ao Rio”, publicados em Paris em 1913 em volume intitulado La Ville Merveilleuse, (A Cidade Maravilhosa).
Assim, o Rio de Janeiro se tornava uma cidade atraente para os imigrantes, e sobretudo para o governo brasileiro, que precisava dessa mão de obra para trabalhar nas lavouras cafeeiras paulistas, no processo de industrialização, além de cumprir com a ideia de “embranquecimento” da população.
Na capital federal, havia um número bem elevado de imigrantes portugueses que tiveram no Rio de Janeiro seu principal destino. Ainda segundo Bóris Fausto, para a cidade carioca haviam como residentes por volta de 1920, mais de 170.000 portugueses. Suas principais atividades consistiam no pequeno comércio e como trabalhadores das indústrias. Essa quantidade de pessoas circulando pela cidade, pelas ruas, causavam grande confusão entre cariocas e os estrangeiros.
Não eram raras as explosões de violência nas ruas do Rio de Janeiro, principalmente entre os diversos grupos étnicos. E por vezes os cariocas chegaram a atacar os imigrantes ao grito de “mata galegos”, uma expressão que muito rapidamente se popularizou entre a gente do Brasil.
Mas a fúria dos brasileiros seria realmente contra os imigrantes da Galícia? Certamente seriam na maior parte, imigrantes portugueses chegados das regiões mais pobres do país luso. Gladys Sabina Ribeiro, professora da UFF registra em seu livro “Mata galegos: os portugueses e os conflitos de trabalho na República Velha” que era característico dos operários portugueses a sua vontade de trabalhar muito duro para enriquecer com um jeito que na altura era impossível no seu próprio país. O fato de aceitarem salários baixos e de terem “predisposição para o trabalho” convertera-os em muito impopulares entre os operários nacionais, com os quais entravam em concorrência com os trabalhadores brasileiros. Para, além disso, os conflitos entre brasileiros e imigrantes envolviam também um elemento “racial”, dentro de uma visão de embranquecimento da sociedade. Os trabalhadores vindos da Europa eram brancos, e eram considerados como superiores aos trabalhadores nacionais, os antigos escravos negros, que então ficaram deslocados do mundo formal do trabalho.
O fato de os brasileiros usarem a palavra “galego” para nomear os imigrantes portugueses era um modo de os insultarem, pois eram os próprios portugueses que em Portugal utilizavam aquela palavra para designar os operários que faziam o trabalho mais pesado e recebiam por ele os salários mais baixos: os “galegos” da Galícia. O termo Galego era nesse momento da sociedade carioca, um xingamento, um insulto que fazia parte dos conflitos que envolviam os portugueses e os brasileiros, como bem observado por João do Rio em sua coluna Bilhete.
“Quando os jacobinos chamam os portugueses de gallegos, ofensivamente devem partir primeiramente da ideia de que é humilhante trocar a pátria de alguém. Se chamarem a um brasileiro de argentino, ele não fica contente, apesar da Argentina ser uma grande nação sul-americana. Se chamarem V. de turco. V. Martínez de Tuy, V. fica furioso.”
No Rio de Janeiro, como já foi dito, vivia-se uma efervescência, tudo por aqui ganhava dimensões muito maiores e a Literatura captava das ruas esses movimentos. O romance, gênero literário que se consolidava cada vez mais, recebia influências do naturalismo, com a intenção de fazer uma crítica a uma realidade corrompida. Os romances naturalistas são constituídos de espaços nos quais convivem desvalidos de várias etnias. Esses espaços se tornam personagens do romance.
É o caso do Cortiço, obra de Aluísio de Azevedo, publicada em 1890, início do ciclo das grandes imigrações, onde o que se projeta na obra é, mais do que os próprios personagens, o próprio cortiço ganha ares de personagem. Em um trecho do romance o narrador compara o cortiço a uma estrutura biológica (floresta), um organismo vivo que cresce e se desenvolve, aumentando as forças daninhas e determinando o caráter moral de quem habita seu interior.
Mais do que empregar os preceitos do naturalismo, a obra mostra práticas recorrentes no Brasil do século XIX. Na situação de capitalismo ainda em processo de expansão, o explorador vivia muito próximo ao explorado, daí a estalagem de João Romão estar junto aos pobres moradores do cortiço. Ao lado, o burguês Miranda, de projeção social mais elevada que João Romão, vive em seu palacete com ares aristocráticos e teme o crescimento do cortiço. Por isso pode-se dizer que “O Cortiço” não é somente um romance naturalista, mas uma alegoria da situação em que os galegos viviam no Rio de Janeiro no século XIX.
Muito embora os personagens da história não sejam galegos, da Galícia, é clara a forma com que há uma relativa hostilidade entre os portugueses e os cariocas. Os galegos que viviam nesse período em condições bem semelhantes aos moradores do cortiço no momento, bem que poderiam ser qualquer um dos personagens habitantes da moradia, percebemos aí, uma invisibilidade do imigrante galego.
Os portugueses, classificados como avarentos e exploradores eram caracterizados nas crônicas da época. Abaixo, um trecho de João do Rio:
São quase todos portugueses e espanhóis, que chegam da aldeia, ingênuos. (…) Só têm um instinto: juntar dinheiro, a ambição voraz que os arrebenta de encontro às pedras inutilmente. (…) Não têm nervos, têm molas; não têm cérebros, têm músculos hipertrofiados. (…)
Eles vieram de uma vida de geórgicas paupérrimas. Tem a saudade das vinhas, dos prados suaves, o pavor de voltar pobres (…).
(João do Rio, 1999, p. 270)
O termo galego era tão comum no dia a dia das ruas, que somente em Aluísio de Azevedo, encontramos três obras onde o gentílico galego é usado. Além de o já citado O Cortiço, temos Casa de Pensão e O Mulato.
“O Sebastião Campos, esse era viúvo da primeira filha de Maria Bárbara e, como aquele, um tipo legítimo do Maranhão; nada, porém, tinha do outro senão o orgulho e a birra aos portugueses, a quem na ausência só chamava: marinheiros – puçás – galegos”.
(O Mulato – Aluísio de Azevedo)
Porém, nem todos faziam essa “relativa” confusão. Em Lima Barreto, encontramos a referência aos galegos como realmente galegos.
A faina não tinha cessado, e fui com outro levado a lavar o banheiro. Depois de lavado o banheiro, intimou-nos o guarda, que era bom espanhol (galego) rústico, a tomar banho. Tínhamos que tirar as roupas e ficarmos, portanto, nus, uns em face dos outros. Quis ver se o guarda me dispensava, não pelo banho em si, mas por aquela nudez desavergonhada, que me repugnava, tanto mais que até de outras dependências me parecia que nos viam. Ele, com os melhores modos, não me dispensou, e não tive remédio: pus-me nu também. Lembrei-me um pouco de Dostoiévski, no célebre banho da Casa dos Mortos; mas não havia nada de parecido. Tudo estava limpo e o espetáculo era inocente, de uma traquinada de colegiais que ajustaram tomar banho em comum. As duchas, principalmente as de chicote, deram-me um prazer imenso e, se fora rico, havia de tê-las em casa. Fazem-me saudades do pavilhão…
(O Cemitério dos Vivos de Lima Barreto)
Lima Barreto foi um escritor que viveu apenas 41 anos, mas dentre suas obras, encontramos algumas das mais significativas da Literatura Brasileira. É entre seus escritos que encontramos referências aos galegos da Galícia de forma mais realista e clara. Em “O Cemitério dos Mortos Vivos”, sua referência ao galego se dá de forma a demonstrar um conhecimento sobre a nacionalidade do enfermeiro, é galego, da Espanha.
“Vivi uma vida santa e obedecendo às prédicas do Padre André do Santuário do Sagrado Coração de Maria, em Todos os Santos, conquanto as não entendesse bem por serem pronunciadas com toda a eloquência em galego ou vasconço.
(Queixa de defunto Careta, 20-3-1920)
No trecho acima, na Crônica intitulada “Queixa de defunto Careta”, Lima Barreto não apenas demonstra conhecimento sobre os galegos, mas sobre a sua língua. O referido padre da crônica pronunciava seus discursos em galego ou em vasconço, sendo o segundo o dialeto basco. O cronista aqui distinguia o galego de forma clara e objetiva.
Os galegos no Rio de Janeiro ficaram bem conhecidos, principalmente por suas atividades econômicas. As hospedarias e estalagens do pequeno e conturbado centro carioca eram quase todas dominadas pelos referidos imigrantes.
Sendo assim, encontramos também a imagem do galego nas crônicas de A Semana, de Machado de Assis, publicadas na Gazeta de Notícias entre os anos de 1892 e 1897. Através delas, podemos conhecer um pouco mais da imagem que os galegos tinham no imaginário carioca do final do século XIX.
—Santa anarquia, caballero, —interromperá a diva, dando este tratamento espanhol ao chefe da comissão,—santa, três vezes santa anarquia! Que me vindes pedir vós outros, proprietários? Que vos defenda os aluguéis? Mas que são aluguéis? Uma convenção precária, um instrumento de opressão, um abuso da força. Tolerado como a tortura, a fogueira e as prisões, os aluguéis têm de acabar como os demais suplícios. Vós estais quase no fim. Se vos ligais contra os locatários, é que a vossa perda é certa. O governo é dos inquilinos.
Publicado originalmente na Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, de 24/04/1892 a 11/11/1900.
Como percebido pelo cronista, as moradias populares, que ficaram conhecidas como “cabeças-de-porco” e os pequenos hotéis e estalagens, foram uma realidade da emigração galega e portuguesa no Rio de Janeiro. Grande parte desses imigrantes dedicou-se ao setor terciário e setor da hotelaria, iniciando as suas atividades na segunda metade do século XIX nas freguesias centrais da cidade do Rio de Janeiro, como a de São José ou a de Santo Antônio, conforme nos explica Érica Sarmento em seu artigo intitulado: Cidade e Imigração a freguesia de Santo Antônio e o cotidiano dos galegos nos logradouros cariocas (1880-1930).
Ainda segundo Érica Sarmento, uma das grandes estalagens do século XIX, demolida em 1922, foi a Chácara da Floresta. Com as obras de modernização do centro da cidade por volta de 1902, boa parte dessas habitações populares foi demolida, sendo consideradas como de grande prejuízo à saúde pública da época.
Assim, conforme as obras avançavam, as áreas tornavam-se mais valorizadas, fazendo com que os imigrantes também mudassem suas localizações no centro do Rio. Após saírem da Rua da Ajuda, seus deslocamentos foram em direção a Rua São José, a Lapa (Rua dos Arcos), Lavradio, Riachuelo, principalmente devido a especulação imobiliária que foi feita com o avanço das obras.
Segundo José Murilo de Carvalho em seu livro: “Os bestializados”, o progresso passava por cima de quem quer que fosse:
“Saneava-se a cidade, mas deixava-se uma numerosa população pobre em condições precárias de vida, pois não havendo a substituição desses cortiços por moradias baratas em número suficiente, as populações de baixa renda ou se mudavam para os subúrbios distantes, ou se amontoavam nos prédios restantes na área central da cidade.”
(Carvalho, 1995, 135)
As áreas centrais depois das reformas do começo do século passado deixam de fazer parte do espaço habitacional dos galegos. Eles vão se deslocando para os subúrbios e principalmente pelas adjacências do centro do Rio.
O intuito desse trabalho foi mostrar como a partir da leitura de obras do período compreendido entre final do século XIX e início do século XX, que a Literatura, instrumento sensível que retrata a sociedade, percebia os imigrantes galegos, às vezes dando-lhes o crédito de sua nacionalidade, outras como apenas mais um no amontoado de gente que vivia no Rio naquele momento. Mas o que vale ser registrado é que de um modo ou de outro, estavam lá, presentes e fizeram parte da história da cidade do Rio de Janeiro.
BIBLIOGRAFIA:
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In: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000162.pdf acessado em 04/07/2018.
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FAUSTO, Boris . História do Brasil. 11. ed. São Paulo: EDUSP, 2003, p. 275-289.
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RIBEIRO, Gladys Sabina. Mata galegos: os portugueses e os conflitos de trabalho na República Velha. São Paulo: Brasiliense, 1990 (Col. “Tudo é História”, vol. 129).
SARMIENTO, Érica. Galegos no Rio de Janeiro (1850-1970). 2006. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Geografia e História, Universidade de Santiago de Compostela, Santiago de Compostela, 2006.
_______ Galegos nos trópicos: invisibilidade e presença da imigração galega no Rio de Janeiro (1890-1930). Porto Alegre: Editora PUC-RS, 2016.
_______ Um passeio pelas ruas do Rio Antigo: os pioneiros galegos, a Rua da Ajuda e o mercado ambulante. Artigo publicado na REVISTA DO ARQUIVO GERAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.